Com base em leituras e experiências dentro da Escola-Campo no Programa Residência Pedagógica em Sociologia, iniciamos uma pesquisa com a modalidade Educação de Jovens e adultos (EJA) para compreender através das perspectivas dos estudantes como/se a Escola e o conteúdo dialogam com a sua realidade, principalmente trabalhista, considerando que grande parte dos estudantes do EJA tem uma rotina de trabalho de mais de oito horas diárias, seja trabalho formal, informal ou trabalho considerado reprodutivo. De acordo com este questionamento, aplicamos uma pesquisa qualitativa na escola-campo através de entrevista semiestruturada para entender melhor como os alunos lidam com as regras da escola, aplicadas através do Regimento e do Projeto Político Pedagógico (PPP) e qual a visão dos mesmos sobre estes documentos. Para Sanceverino (2017), há atualmente uma formação unilateral e alienante e que necessita imediatamente de uma omnilateralidade dentro do currículo escolar que se torna essencial para envolver as complexidades inerentes ao ser humano, juntamente com suas contradições e conflitos. Esta formação, portanto, torna-se essencial para a construção da cidadania e conhecimentos de direitos e deveres enquanto estudante e trabalhador em sua formação básica para que o mesmo possa abstrair conhecimentos nos quais somente a escola pode lhe proporcionar.