As práticas de linguagens presentes no cotidiano escolar e também em toda a sociedade tendem a privilegiar e valorizar a escrita como foco das práticas sociais, atitudes que influenciam na exclusão e/ou desvalorização das outras formas de manifestações das linguagens. Estamos, quase sempre envoltos, em nossas práticas, em sociedades grafocêntricas, comandadas pela escrita, constantemente, tende a ser o foco das experiências vivenciadas no cotidiano escolar. Entretanto, torna-se necessário atentar para a voz, enquanto escrita primeira, faz parte da nossa vida desde o primeiro ato de existir. Quase sempre, em todas as manifestações da história da humanidade, as vozes ecoam e alcançam a todos. Dessa forma, este artigo se propõe como objetivo primeiro discutir a Oralidade enquanto prática de linguagem preconizada pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para o ensino das séries finais e ensino médio da educação básica brasileira. Para tal, lançamos mão, para esta pesquisa - de natureza bibliográfica- documental e exploratória - dos documentos parametrizadores de ensino, a partir deste documento legal, analisando a eficácia do alcance do eixo Oralidade na sala de aula. Ademais, com este trabalho, busca-se apresentar discussões acerca da importância de considerar a Oralidade e a performance como práticas situadas e efetivas de linguagem, a partir da Literatura de Cordel, enquanto prática híbrida de abordagem na sala de aula Língua Materna. Os resultados, ainda que preliminares, evidenciam que a abordagem teórico-metodológica acerca desta aplicabilidade pode contribuir de forma significativa no desenvolvimento de alunos-leitores proficientes e críticos, tendo em vista que há uma carência do tratamento de manifestações orais no espaço escolar. O uso do cordel em sala de aula pode responder plenamente às exigências - à luz das competências e habilidades preconizadas pela BNCC – de um ensino criativo e eficaz pelo seu caráter híbrido, fusão do texto escrito com as performances típicas da Oralidade.