O racismo, essa tecnologia de reprodução de privilégios, tem vitimado a juventudes negra brasileira de forma assustadora, 80% das mortes violentas de jovens no país são de jovens negros, perfazendo uma taxa de mortalidade por homicídio desses jovens 6,5 vezes maior que a taxa nacional. Os dados apontam para a urgência de uma educação antirracista, pautado na valorização da diversidade étnico-racial constituinte da sociedade, no compromisso com a equidade racial e no reconhecimento da história dos povos africanos e de seus descentes na diáspora como constituinte da história do Brasil. O presente trabalho frente a esses debates, é um relato de uma experiência de pesquisa do componente Sociologia da Educação do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PROFSOCIO/UFCG) com estudantes do segundo ano do ensino médio no Sertão do alto Pajeú pernambucano. A intervenção pedagógica desenvolveu vivências de práticas educacionais baseadas em políticas afirmativas e antirracistas. No campo da metodologia de ensino, a atividade apontou para o potencial das abordagens interdisciplinares no tratamento das questões étnico-racial na escola, considerando uma perspectiva de uma escola emancipadora.