A proposta deste resumo é apresentar o trabalho que é fruto de um projeto intitulado “Brincando em casa com...”, que foi desenvolvido entre junho e agosto de 2021. A ideia surgiu a partir da concepção de que o brincar é estruturante na formação da criança e, por estarmos atuando remotamente, realizamos uma sequência de vivências lúdicas que contemplassem o livre brincar, o brincar heurístico, com objetos e materiais não estruturados. Como é sabido, a educação, de modo geral, muito afetada pela COVID-19, sobretudo a educação infantil, que está fundamentada no “conviver”, no “brincar”, no “participar”, no “explorar”, no “expressar” e no “conhecer-se”. Como conseguir, com todas as adversidades ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, contemplar esses direitos de aprendizagem às crianças no ensino remoto? Todos nós professores, em alguma medida, tivemos que nos reinventar e (re)pensar nossas práticas, o medo e a insegurança de não atingirmos às expectativas e de garantirmos todos os direitos da criança veio à tona. Para tanto, o projeto “Brincando em casa com...”, em alguma medida, contemplava os direitos de aprendizagem colocando em evidência a importância da participação da família para o desenvolvimento e a formação dessas crianças. Além disso, permitiu, por meio de experiências simples e possíveis, integrar família à própria criança, ao professor e à escola. Em suma, de algum modo, aproximamo-nos das famílias e mostramos o quão importante estão sendo para o desenvolvimento de seus filhos. As brincadeiras ensinam e desenvolvem competências e habilidades nas crianças. Enfim, mesmo a distância, o brincar deve ser “um intimar para conhecer, pertencer, fazer parte, estar junto daquilo que a constitui como pessoa” (PIORSKI, 2020, p. 63).