Esse trabalho foi produzido a partir de uma pesquisa realizada, entre os anos de 2020 e 2022, na qual dedicou-se a estudar sobre a evasão escolar de moradores do campo. Em tal estudo verificou-se a necessidade de conhecer os índices da evasão escolar, na educação básica, da população do campo e, é nesse contexto que surgi a proposta desse trabalho, que teve como objetivo principal apresentar e discutir sobre os dados da evasão escolar na educação básica e, de modo mais específico, contrastar o número de abandonos entre a zona urbana e rural e compreender se as evasões escolares tendem a se acentuarem em locais invisibilizados pelas políticas públicas, ou pelo Estado em geral, como é o caso das áreas rurais. Em termos metodológicos. Adotou-se o método qualitativo, tendo como objeto de análise, principalmente, os dados do abandono escolar disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), bem como, parte dos dados das entrevistas realizadas na pesquisa citada anteriormente. Em sentido conclusivo, a realização desse trabalho, de forma geral, demonstrou que o número de evasões escolares no campo tem sido superior as da cidade; que as políticas de garantia de acesso e permanência carecem de ajustes, uma vez que, não estão confrontando, eficazmente, tais evasões; e despertou para a importância de evidenciarmos os dados que indicam a existência de adversidades no cenário educacional, para que não corramos o risco de que problemas socioeducacionais, tais como a não escolarização da população do campo, sejam naturalizados.