A realidade aumentada proporciona uma experiência de aprendizagem mais imersiva e interativa, tornando as aulas mais atrativas e envolventes para os alunos e permitindo-os visualizar e interagir com objetos tridimensionais, o que facilita sua compreensão em relação a conceitos complexos e à assimilação de informações. Diante disso, este estudo buscou identificar e analisar o uso das tecnologias de Realidade Aumentada (RA) no contexto de práticas educativas e em quais níveis se aplicam. Para tanto, utilizou-se como fonte de pesquisa o Catálogo de Teses e Dissertações da plataforma Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), entre janeiro de 2017 e dezembro de 2022. Analisaram-se integralmente 16 trabalhos, entre dissertações e teses. Observou-se que 95% das práticas realizadas em sala de aula pelos docentes são desenvolvidas de modo colaborativo, envolvendo o aluno desde a construção do próprio material até o produto final, ficando o docente responsável pela orientação na execução. Outro detalhe importante refere-se ao uso de outros programas/softwares envolvidos no desenvolvimento da atividade, como o KolourPaint, o Photoshop, o Inkscape, o EasyAR e o SketchUP, tornando ainda mais significativa a experiência e o processo de aprender. Quanto ao nível de ensino, observou-se que 50% (8) priorizam o ensino médio e técnico; 13% (2), o ensino superior; 19% (3), o ensino fundamental; 6% (1), a modalidade de EJA; e 6% (1), a Educação infantil. Ainda, entre os trabalhos analisados, um deles revelou uma experiência numa aldeia indígena. Concluiu-se que a Realidade Aumentada pode ser percebida como uma ferramenta em potencial, não no sentido de levar uma experiência com o foco na motivação, mas sob o viés de permitir o envolvimento na construção de todo o processo de conhecimento como possibilidade de uso de aplicativos gratuitos e, ainda, de desenvolver o conhecimento de outros tipos de redes de conexão.