Muitas ações ocorridas dentro das escolas hoje são escolhas históricas. Práticas como o cerceamento do brincar, a privação do lúdico e o desprezo pelas culturas lúdicas infantis em muitos contextos escolares estão cada vez mais presentes na educação pública. O objetivo desse trabalho é discutir as causas históricas pelos quais a privação do brincar ainda ocorre, assim como o desprezo pelas culturas lúdicas infantis em muitos contextos escolares. Para isso, a pesquisa foi delimitada ao contexto histórico paulista, buscando teóricos que estudaram a temática, assim como arquivos de domínio público e algumas legislações que regeram as instituições escolares do Estado de São Paulo a partir da Proclamação da República. A metodologia adotada usou da abordagem bibliográfica e documental e buscou os dados em livros, artigos, e pesquisas já publicadas sobre a temática, além de analisar documentos sobre a regulamentação da escola pública paulista, como por exemplo regimentos, leis e fotos de arquivo de domínio público. Foi possível concluir que o que ocorre em muitas instituições escolares, são frutos de escolhas feitas no passado e é preciso considerar as características de nossas crianças de hoje que, independentemente das tecnologias que elas possuem à sua disposição, ainda possuem o direito de brincar em um dos contextos mais privilegiados para que isso ocorra: a escola.