O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um distúrbio do neurodesenvolvimento que persiste por toda a vida e não possui causa clara, mas é possível observar o diagnóstico sendo mais frequente na atualidade. Além disso, pode afetar diversas pessoas na sociedade, apresentando características múltiplas enquanto espectro, como é o caso da empatia. Visando esses fatos, esse estudo de caso teve como objetivo observar o desenvolvimento da empatia em um adolescente com TEA, por meio da percepção de sua mãe. Para isso, foram utilizadas questões qualitativas com enfoque em comportamentos que a mãe observou no filho, a fim de relacionar os relatos às dimensões e estágios empáticos. Por fim, foi realizado um questionário sociodemográfico com a genitora, tendo o propósito de observar informações gerais sobre o núcleo familiar e o desenvolvimento do adolescente. Sobre as questões qualitativas, a mãe demonstrou conhecimento sobre a definição de empatia, em seguida, mencionou diversos exemplos de momentos em que o filho se compadece pela dor do próximo e sofre com este e momentos em que o filho se sentia responsável pela dor do outro e buscava resolvê-la. Ainda, a mãe relatou que o adolescente apresenta esse mesmo comportamento ao assistir desenhos e filmes em que os personagens se encontram em situação de angústia ou sofrimento, sendo essas características de uma angústia empática e simpática com foco no componente afetivo. Sendo assim, foi possível compreender minimamente sobre o desenvolvimento da empatia no adolescente a partir da percepção de sua mãe, o que permite ampliar o conhecimento sobre essa temática.