A Constituição Federal/1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) trazem os preceitos da Gestão Democrática do ensino público, com estímulo ao controle social e transparência no uso dos recursos públicos. Na década de 1990, é criado o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), com o propósito de suplementar os recursos financeiros diretamente às escolas públicas do país para que possam melhorar as condições de ensino e aprendizagem dos estudantes. Nesse mesmo período, o Ministério da Educação (MEC) determinou a criação de órgãos colegiados como as Unidades Executoras Próprias para fomentar o processo de gestão democrática. Este artigo tem por objetivo mapear e analisar, a partir de pesquisa em Banco de Dados de Teses e Dissertações (BDTD), produções acadêmicas sobre o PDDE. Foram identificadas 86 teses e dissertações que tratam do PDDE, mas destas, 11 debatem o processo democrático na gestão desse recurso. Como considerações, as pesquisas apontam o PDDE como uma política educacional fundamental para as escolas públicas, que contribui com a organização pedagógica, administrativa e financeira. Porém, quanto a gestão democrática, as pesquisas indicam que ainda há falhas no PDDE no processo de fortalecimento da participação social e da autogestão escolar, pois, enquanto umas escolas são geridas com a participação da comunidade escolar, em outras, não há espaço para debates, concentrando a gestão dos recursos na pessoa do diretor escolar.