O presente artigo trata da noção de inovação educacional desde um ponto de vista progressista e que não demanda, necessariamente, o aporte de novas tecnologias da informação, tais como computadores, tablets e smartfones. Procura demonstrar como é possível inovar em Educação a partir de uma concepção que, rompendo com os princípios das metodologias tradicionais e escolásticas seja, esta sim, inovadora, respeitadora dos anseios e necessidades dos estudantes tanto do ponto de vista individual, quanto de classe social. Para tanto apresenta o exemplo da militância pedagógica do professor francês Célestin Freinet, que atuou durante o período que compreende as décadas de 1920 a 1960, com seus fazeres sempre inovadores mesmo sem o uso de novas tecnologias, necessariamente, tendo inventados inúmeras novas técnicas didático-pedagógicas tais como as aulas passeio, as rodas de conversa, o texto livre, a autocorreção, o livro da vida, a correspondência escolar, a imprensa na escola, dentre várias outras.. Pretende demonstrar, também, que imbuídos de uma concepção progressista, mesmo que sem a disponibilização de novas tecnologias, é possível tanto inventar-se novas técnicas, como utilizar aquelas já em uso por diversos educadores realmente inovadores. Para tanto, propõe-se a fazer uma breve revisão nos significados de conceitos muito em uso atualmente, no campo educacional, tais como: prática, técnica, metodologia e, também, tecnologia.