A rotina escolar dos estudantes do Ensino Médio Integrado (EMI) é o reflexo da extensa carga horária, necessária para a formação profissional e pode trazer riscos de estresse aos estudantes, além de representar um dos principais desafios para o êxito escolar, conforme foi apontado em Pesquisa Institucional realizada no ano de 2018 pela Comissão de Permanência e Êxito do Instituto Federal Goiano, campus Iporá. Desse modo, o objetivo geral dessa pesquisa foi analisar os aspectos da rotina escolar que configuram fatores de risco para o estresse entre os estudantes adolescentes do EMI do campus Iporá. Para este estudo qualitativo, foram desenvolvidas duas etapas: revisão da literatura e estudo de caso. A etapa da revisão da literatura consistiu na busca em bases de dados eletrônicas, para encontrar estudos sobre rotina escolar, estresse e adolescência. No estudo de caso, estudou-se documentos institucionais que regulam a grade curricular e a rotina escolar, como os Projetos Pedagógicos de Cursos (PPC), os Relatórios de Pesquisa de Permanência e Êxito e entrevista semiestruturada com os docentes que atuam no EMI, discentes de até 18 anos e pedagogos que atuam no local da pesquisa. Para análise dos dados, foi utilizada a análise categorial proposta por Bardin (2016), que permitiu concluir que a rotina escolar do EMI do campus Iporá é parte da estrutura de funcionamento social e reproduz suas características. O excesso de atividades, as cobranças exageradas por desempenho, o pouco tempo para lazer e esporte e a discriminação dos estudantes com déficit de aprendizagem são fatores de risco presentes e preocupantes. As ações que visam amenizar os impactos desses fatores existem, mas poderiam ser mais articuladas para ser mais eficientes na prevenção do estresse escolar.