O complexo processo de ensino e aprendizagem deve ser debatido frequentemente entre os professores para que troquem experienciações e aprimorem tanto a metodologia de ensino como os recursos didático-pedagógicos, inclusive na educação inclusiva. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar como os professores entendem o processo de aquisição do conhecimento dos alunos com deficiência e como organizam as ações pedagógicas. Para este estudo descritivo com abordagem qualitativa foi aplicado um questionário contendo 10 perguntas fundamentadas nas teorias de Temporetti, Cole, Laporta, Pino, Dewey e Bruner. A amostra foi composta por 7 sujeitos, sendo 6 professores e 1 coordenador pedagógico de uma escola de Ensino Fundamental I e II da cidade de Juiz de Fora-MG. Os resultados indicaram que o processo de formação docente se reflete nas vozes sobre o ensinar e o aprender, mas pouco modifica as práticas. Há diferença nos discursos sobre como organizam o processo de ensino e pensam as aprendizagens para os alunos com e sem deficiência, apesar de apontarem que pensam em atividades para a turma toda, de acordo com o Desenho Universal da Aprendizagem. Na prática, esta metodologia ainda é muito incipiente. Com isso, conclui-se que tanto a teoria, a prática, a ação como a reflexão necessitam ser constantes no processo formativo dos educadores. Para estes profissionais, a forma de organizar o pensamento e as aprendizagens dos alunos são desenvolvidos em etapas e as capacidades individuais continuam sendo superiores às metodologias de ensino.