O Novo Ensino Médio (NEM) é uma realidade nas escolas brasileiras desde 2022, apesar de ter sido aprovado em 2017. A partir do momento que houve uma mudança de governo no Brasil, em 2023, a sociedade tem se mobilizado, a partir de vários movimentos de discussão, para uma possível revogação desse currículo. No contexto do NEM, os itinerários formativos são muito criticados por apresentarem temáticas que não fazem sentido para estudante, não serem ofertados de forma igualitária, por possuírem fator de redução da carga horária da formação geral básica e conter um viés profissionalizante. Desta forma, alguns setores da sociedade têm realizado audiências públicas, discussões e debates no sentido de reverter esta situação. Diante disso, o objetivo deste artigo é apresentar uma análise sobre as influências da BNCC na elaboração do Currículo do NEM, especialmente dos itinerários formativos, destacando o seu papel na formação do estudante e suas as relações com ensino profissional. A partir das discussões teóricas realizadas podemos evidenciar uma forte divergência em diferentes setores da sociedade, mas também, influências hegemônicas de poder para estabelecer um modelo de formação técnica, afastando o estudante do ensino médio das universidades, principalmente as públicas, e de uma formação diversificada. Enfim, diante da análise realizada, foi possível observar que foi deixado de lado a visão crítica, reflexiva e emancipatória na formação dos estudantes.