Na virada da década de 1940 para 1950, a inteligência artificial já era tema de interesse e pesquisa entre os cientistas da computação. Contudo, foi apenas nas últimas décadas que muitos avanços aconteceram e em anos recentes que se tornaram mais acessíveis através de plataformas na internet como o ChatGPT, que viralizou no primeiro trimestre de 2023, entre outros sites e aplicativos similares. Consequentemente, a escola passa a lidar com as tecnologias digitais que começam a circular na sociedade e, com isso, surgem novas perguntas sobre questões éticas nas experiências de pesquisas escolares. Este artigo, de caráter bibliográfico, apresenta como o conceito de cidadania digital pode ser apresentado aos estudantes como um guia para boas práticas dentro e fora do mundo digital sem, contudo, se desvincular dos princípios da Educação Básica postulados pela LDB 9.304/96, pela BNCC (BRASIL, 2017) e pela recém-aprovada Política Nacional de Educação Digital (BRASIL, 2023). Ao lado de documentos oficiais, esta pesquisa se fundamenta, principalmente, na obra de Paulo Freire (1996, 2015) e de Moacir Gadotti (1995), quanto aos pressupostos de uma educação democrática, e de Marc Prensky (2010, 2012), quanto ao uso de tecnologias digitais na educação mediante os conceitos de “cidadania digital”, e Ribble & Bailey (2007), quanto aos conceitos de “nativos” e “imigrantes digitais”. Espera-se que educadores em geral se beneficiem destas reflexões para uma prática pedagógica que fomente nos alunos uma consciência crítica e participativa na sociedade, de modo que compreendam e transformem a si mesmos e o mundo em que vivem enquanto novas tecnologias também ocupam estes espaços.