Tornou-se recorrente no Brasil a implementação de políticas curriculares contemporâneas destinadas aos variados níveis de ensino no que conhecemos como “reforma do ensino”, contudo, persiste-se a centralidade de práticas educativas em escolas dos sistemas formais de ensino e o descrédito de percursos formativos alcançados em outros espaços educativos. Diante disso, nosso objetivo é investigar como a Universidade da Maturidade, da Universidade Federal do Tocantins (UMA/UFT), torna-se um dos espaços de luta contra esse tipo de hegemonia e promove práticas educativas intergeracionais com crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos. Nossa metodologia segue o caminho qualitativo, pois analisamos documentos da instituição de Educação Gerontológica, produzidos no período de 2021 e 2022, a partir das escolhas, dos interesses e das necessidades dos pesquisadores , diante da construção de trajetórias que alcançam o conjunto de material empírico em variados projetos, campanhas, eventos e cursos. Entre os resultados apontamos descrições de um espaço de Educação Popular não-formal que foge da personalização, customização e diferenciação que passaram a operar em dispositivos curriculares que estruturam a formação humana. Ao passo que concluímos tratar-se de um material útil, pois nossa argumentação analisou os modos pelos quais a escolarização de pessoas que envelheceram pode ser redimensionada no âmbito de diferentes Itinerários Formativos.