A partir da experiência de observação em campo realizada através do Programa de Residência Pedagógica em Sociologia, observamos um alto nível de dificuldade de formação de turmas na Educação de Jovens e Adultos (EJA) tanto para o Ensino Fundamental II, quanto para o Ensino Médio. De acordo com o Planejamento Escolar realizado no início do ano letivo, foi debatido entre os professores e a gestão, o alto grau de evasão de alunos do EJA no ano anterior, bem como a necessidade de mais ferramentas para atrair o interesse de estudantes desta modalidade. Portanto, foram pensadas e elaboradas para este ano, ferramentas que pudessem incentivar a matrícula e permanência dos estudantes durante o ano letivo, tais como anúncio de matrícula nesta modalidade nas proximidades da escola, refeição antes da aula, carga horária de aula flexível condizente com o horário de trabalho da região e a segurança das mulheres na volta para casa, além disso a opção por aulas lúdicas e pesquisa no livro didático como substituição de provas e atividades para casa. Todas estas ferramentas entram em conformidade com o método freiriano de adaptar a educação às vivências dos trabalhadores, também citados por Abú (2017) quando considera os fatores internos e externos à escola que influenciam a permanência dos jovens e adultos.