Estamos inseridos em uma sociedade capitalista, que faz o uso do sistema monetário a todo instante, dessa forma, manter uma relação saudável com o dinheiro e entender o seu funcionamento para tomada de decisões mais assertivas e conscientes é uma questão muito importante, que deve ser discutida ao longo da vida em diferentes espaços. Compreendemos que a Educação Financeira (EF) ao ser trabalhada numa perspectiva crítica, tem potencial para repensar o ensino de Matemática, como também, viabilizar a discussão de situações do cotidiano dos indivíduos, especialmente, no ambiente escolar. Neste sentido, a presente pesquisa, está sendo desenvolvida como trabalho de conclusão de curso e, para este texto, temos como objetivo analisar quais relações são possíveis de se estabelecer entre a EF e a Educação Matemática Crítica (EMC) em turmas da Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas (EPJAI). Como aportes teóricos, são utilizados os estudos que tematizam a EF, a EMC e a EPJAI, dando sustentação às discussões aqui abordadas. Como metodologia, optamos por utilizar a pesquisa qualitativa, no qual, os dados serão produzidos com educadores e educandos da EPJAI, a partir da observação de aulas de Matemática e entrevistas semiestruturadas e, por fim, analisados com base nas especificidades e articulações com o objeto de pesquisa. Como principais resultados, esperamos que as discussões possibilitem uma ampliação nas temáticas da EF e da EMC em turmas da EPJAI, perpassando por dimensões sociais, políticas, culturais e, visando o desenvolvimento crítico dos sujeitos, quanto a perspectiva de leitura e escrita de mundo, por meio do ensino de Matemática. O trato para com as temáticas propostas impacta no desenvolvimento da consciência crítica de educadores e educandos, com vistas para as possibilidades de transformação da realidade frente às situações de consumo.