A presente análise configura-se como uma pesquisa de caráter bibliográfico, que busca interseccionar a arte literária e musical como forma de representação da diversidade, mais precisamente ligadas ao combate ao racismo estrutural e a intolerância religiosa no ambiente escolar. Tais discussões serão efetivadas por meio da análise de duas obras do rapper Emicida, ambas intituladas “Amoras”: a primeira tratando-se de uma música e a segunda do seu primeiro livro infantil, em que o músico e escritor dialoga poesia com representatividade, abordando questões como amor a negritude e pluralidade de crenças, de uma maneira simples e poética. A importância de discutir essas questões através da música se apoia no seu caráter artístico e cultural, que configura no potente, rico e democrático universo de formação da educação básica, além disso, ela pode ser utilizada para explorar os movimentos corporais e provocar a apreciação da arte musical nos pequenos. Por outro lado, consideramos que a literatura proporciona padrões de leitura de mundo, ou seja, conceberemos a referida obra não apenas pelo viés estético, mas também pelo viés crítico, desenvolvendo na criança a criticidade frente às imposições sociais, além de destacar a representação tão importante na construção do indivíduo. Como pressupostos teóricos metodológicos serão contempladas as contribuições de Cademartori (1991), Loureiro (2014) e Rosemberg (1984).