Ao analisar o ensino de ciências atual, podemos notar que a falta do reconhecimento do conhecimento prévio que os estudantes possuem acaba gerando um efeito na aprendizagem adquirida pelos alunos. Isso impacta não somente os estudantes como um todo, mas principalmente aqueles que possuem um processo de aprendizagem diferente. Os estudantes surdos, por utilizarem uma língua visual-espacial para se comunicar, acabam encontrando mais obstáculos em relação a conhecimentos prévios, já que quando debatemos ciência, utilizamos de uma linguagem científica, o que torna a aprendizagem desta ainda mais distante da realidade do surdo. Diante disso, a presente pesquisa focou em analisar o atual cenário do ensino de química para os estudantes surdos. Como fonte foram utilizados os eventos: “Encontro Nacional em Ensino de Química” (ENEQ) e o “Evento Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências” (ENPEC). Sendo analisada as edições: XVIII (2016), XIX (2018) e XX (2020) do ENEQ; e X (2015), XI (2017) e XII (2019) do ENPEC. Após essa primeira quantificação, foi utilizada uma metodologia qualitativa, sendo analisados os resumos e considerações finais dos trabalhos selecionados. Além dos eventos, também foi realizado um levantamento bibliográfico no portal de periódicos da CAPES, onde foram selecionadas pesquisas de revistas científicas com classificações de B2 a A1 (Qualis 2013-2016), consideradas relevantes conforme a temática da presente pesquisa. As metodologias utilizadas para a seleção dos trabalhos presentes nas revistas foram as mesmas dos eventos. Como período de critério foram utilizados os anos: 2018, 2019, 2020 e 2021. Através do levantamento bibliográfico realizado, foi possível notar o aumento nas pesquisas sobre a temática, havendo um número significativo de pesquisas que focaram em desenvolver materiais e sequências didáticas em Libras, demonstrando assim, o crescente interesse a respeito do tema. Porém, ainda há a necessidade de pesquisas que elaborem e debatam estratégias para o ensino-aprendizagem bilíngue.