O ensino de gramática na sala de aula tem sido foco de crescentes discussões, nas academias e em diversos estudos publicados por autores, a exemplo de Travaglia (2009). Um dos eixos centrais das discussões é o fato de que o aluno estuda conteúdos gramaticais durante todo o percurso da educação básica, e, mesmo assim, não domina a norma padrão da Língua Portuguesa. Este entrave leva-nos a refletir sobre o seguinte questionamento: por que o aluno tem tanta dificuldade em usar as regras da língua portuguesa, se, na educação básica, o ensino de gramática é fortemente apregoado pelos professores, durante as aulas de língua materna? Sabe-se que alguns professores adotam a norma prescritiva como regra a ser seguida, outros fazem uso do texto como pretexto para análises metalinguísticas e alguns docentes dão um caráter contextualizado às aulas de gramática. Nesse sentido, precisamos abordar o ensino de gramática na sala de aula na perspectiva de que o aluno desenvolva a competência comunicativa. Seguindo esse viés de discussão, este artigo objetiva analisar como o ensino de gramática é abordado em sala de aula pelos professores da educação básica, especificamente das séries finais do ensino fundamental, proporcionando aos estudantes um conhecimento reflexivo e crítico sobre a língua. Para tanto, fundamentamos as discussões teóricas, a partir da pesquisa bibliográfica e explicativa baseada nos postulados de Travaglia (2009), Neves (2012), Perini (2016), Antunes (2003), Campos (2014) entre outros. Os resultados desta pesquisa apontam que a metodologia usada pelo professor pode, ou não, ser produtiva, na perspectiva de ser eficaz e eficiente para o processo de interação. Apresentamos, portanto, uma proposta didático-pedagógica a qual pode levar o professor a se apropriar de estratégias capazes de ressignificar o ensino de gramática na educação básica.