Rubem Alves, em metáfora perspicaz, escreve sobre como as escolas precisam ser asas para seus estudantes, contrastando com a realidade do ensino técnico do "bê-á-bá" que temos no Brasil. Para fugir dessa obsessão tecnicista e sem desenvolvimento crítico da e nas escolas, a educação em Direitos Humanos se torna uma das ferramentas para que as escolas consigam oferecer caminhos para o desenvolvimento de seus alunos. A presente pesquisa foi realizada através de uma revisão teórica da literatura por meio do levantamento de material científico online, com o objetivo de identificar as perspectivas inerentes ao processo da educação em direitos humanos, tendo, sobretudo, Vera Maria Candau como autora basilar à nossa pesquisa, a qual tentaremos dialogar, ainda, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), bem como a própria Constituição Federal do Brasil de 1988. Nosso trabalho justifica-se nas dificuldades que o ensino em Direitos Humanos levanta, as quais colocam em jogo uma dialética entre diferença e igualdade, universalização e relativismo cultural, isto é, a maneira pela qual a interculturalidade dinamiza-se nas relações estabelecidas entre sujeitos. Verificamos o quanto a educação em direitos humanos é uma ferramenta mais que necessária para o oferecimento da possibilidade de desenvolvimento dos indivíduos, tendo em vista que essa forma de educar permite que as pessoas reconheçam suas semelhanças e diferenças, respeitem-se mutuamente e coexistam em um ambiente diversificado.