Este artigo emergiu da nossa pesquisa de iniciação científica e tem por objetivo compreender comparativamente como as professoras das creches Eunice Xavier e Professor Paulo Rosas vivenciam a construção curricular de práticas antirracistas para fortalecer a construção da identidade étnico-racial. Teoricamente, por um lado, tratamos de compreender como a creche mobiliza o direito à educação crítica capaz de fortalecer a identidade dos sujeitos como visto em: Gomes (2023; 2019), Gomes e Silva (2018) e Candau (2005). Por outro lado, identificamos como a construção das práticas curriculares constituem um campo de força fundamental para o empoderamento dos sujeitos excluídos. As contribuições de Silva (1999; 2013), Lopes e Macedo (2011) e Carvalho (2016) nos ajudam a problematizar essa discussão. Metodologicamente, nossa pesquisa é de natureza qualitativa, o campo da pesquisa são as duas creches investigadas e os sujeitos sãos as duas professoras das instituições pesquisadas. Os instrumentos de coleta de dados, como nos fala Lüdke e André (2020), são as observações e a entrevista. Por se tratar de um estudo em andamento pode-se afirmar que a partir da observação, da identificação do currículo em ação e da nossa vivência de aulas para a formação identitária dos sujeitos há em ambas instituições a construção de um conhecimento comprometido com o empoderamento para a autonomia discente em tempos de reconstrução da democracia escolar.