A pessoa com deficiência tem direito em todos os âmbitos, sejam eles educacionais, sociais, culturais, para além das leis que garantam acesso e permanência a todos os espaços. Historicamente não foi assim, a educação inclusiva passou por um lento processo histórico ao longo dos anos, atravessando quatro momentos, a saber: o da exclusão, segregação, integração e atualmente se vem buscando a inclusão da pessoa com deficiência no âmbito social, educacional e político. Diante disso, essa pesquisa busca fazer um breve resgate histórico, tendo como objetivo analisar as transformações ocorridas na educação de estudantes com deficiência no Brasil, através das leis estabelecidas para a educação inclusiva ao longo do tempo. A pesquisa tem um caráter descritivo, com uma abordagem qualitativa, cuja metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica e documental. Sociedades em diferentes épocas construíram suas próprias concepções a respeito dos sujeitos que nasciam ou adquiriam alguma deficiência ao longo da vida, de acordo com seu contexto histórico, social, econômico, religioso. Com o passar dos anos foram sendo criadas leis e decretos que marcaram avanços e retrocessos no desenvolvimento da inclusão educacional. Nesse sentido, destacamos como exemplos a Constituição Federal Brasileira de 1988, a Declaração de Salamanca em 1994, abordando princípios, políticas e práticas educacionais para pessoas sem e com deficiência, as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB de 1996, o Plano Nacional de Educação – PNE em 2001, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência em 2015. Além disso, alguns termos e nomenclaturas foram sendo construídos ao longo do processo histórico na educação inclusiva, ao ponto que eram substituídas por reproduzirem termos discriminatórios e excludentes. É possível perceber inúmeros avanços, no entanto, ainda nos deparamos com algumas barreiras que dificultam ou impedem a acessibilidade dos educandos dentro do ambiente escolar.