O objetivo central desse estudo de cunho bibliográfico, visa refletir teoricamente, a partir das ideias de Abramovay, Lima e Varella (2002); Arendt (1994); Rossetti-Ferreira (1997); Melucci (2004); dentre outros, sobre o processo de construção de uma Cultura de Paz e de Não-Violência em contextos e programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), garantindo o cumprimento de suas funções como: Função Reparadora, Função Qualificadora e Equalizadora. Torna-se relevante buscar estas funções de reparação da realidade na medida em que se reconhece a presença de diversidades étnico-racial, religiosa, econômica e social otimizando e mediando situações de conflitos em sala de aula a partir de práticas de cultura de paz e não-violências, equalizando e administrando a reentrada de pessoas jovens e adultas no contexto da EJA, bem como resgatando uma educação permanentemente solidária, democrática e regida pelos Direitos Civis, que integra os alunos, coibindo a violência social e a evasão escolar. A violência hoje é um assunto que faz parte das discussões do nosso cotidiano, em todas as esferas da nossa vida social e, principalmente, em ambientes formativos da Educação de Pessoas Jovens e Adultas. Uma das variáveis fundamentais para se compreender o crescente aumento da violência da sociedade brasileira não é apenas a desigualdade social, mas o fato desta ser acompanhada de um esvaziamento de conteúdos culturais, particularmente, os éticos e de cultura de paz nos sistemas de relações sociais. Desta forma, o nosso maior desafio consiste em transformar os valores da Cultura de Paz em realidade na vida cotidiana no contexto escolar, em especial na Educação de Jovens e Adultos (EJA), bem como no processo de conscientização crítica dos professores quanto à necessidade de discutir sua formação inicial e continuada no trato com questões de violência.