E a vivência em espaços educativos de creches, pré-escolas e escolas que certamente os sujeitos produzem experiências, saberes, narrativas, estratégias, reflexões e aprendizagens diversas no processo de subjetivação das identidades docentes e discentes. Essas experiências são tomadas como definidoras para o reconhecimento nesses espaços, de maneira que elas fornecem um pertencimento ancorado num tipo de saber sobre gênero, sexualidade e educação sexual. O artigo reflete sobre a formação de professores(as) nos estudos de gênero com profissionais de uma escola localizada no município de Carangola-MG a partir de suas narrativas sobre desafios e as possibilidades didáticas para o trabalho com a educação sexual na escola. A pesquisa, que possui duas bolsistas pelo PAPQ (Programa institucional de apoio à pesquisa) da UEMG, se encontra em andamento e é de cunho qualitativa com narrativas oriundas da técnica de entrevista semiestruturada. Tais narrativas, analisadas com base nos estudos de gênero com Louro (1997) e Educação Sexual com Furlani (2011) serviram para que pudéssemos compreender se esses docentes, gestores(as) e bibliotecária tiveram contato com o assunto no período de formação docente, se o PPP da escola trata do tema e o como que a escola lida com possíveis resistências das famílias ao proporem trabalho com educação sexual que tenham como foco: identidade, cuidado com o corpo, percepção sobre o toque positivo e o toque negativo, o bullying, respeito as diferenças, etc. As narrativas apontam para a dificuldade de se abordar o assunto com os pais, a maioria dos entrevistados não tiveram contato nem na formação inicial nem na formação continuada com os estudos de gênero e educação sexual, mas, entendem a importância do trabalho transversal da educação sexual bem como estão dispostos a aprender e colaborar com a pesquisa.