Há na literatura uma crítica ao conceito de metodologias ativas por não existir critérios e orientações bem definidas que caracterizem as atividades que são ou não são ativas. Em paralelo, pouquíssimos trabalhos na área das Tecnologias da Educação exploram os Multiletramentos (ROJO, 2015), estudando as limitações e potencialidades dessas tecnologias presentes nesses espaços de Fabricação Digital como FABLAB-ESCOLA. A presente pesquisa teve como objetivo analisar seis elementos teóricos-metodológicos que caracterizam as metodologias ativas: 1) participação do aluno; 2) liberdade de escolha; 3) contextualização do conhecimento; 4) atividades em grupo; 5) multiletramentos; 6) comunicação do conhecimento. Foram criadas rubricas para orientar o desenvolvimento e avaliação de práticas maker realizadas por 22 crianças do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental 1. As crianças passaram por uma vivência prévia no laboratório de ciências, onde refletiram sobre algumas questões acerca da educação ambiental, construindo dois tipos de pilhas com materiais de baixo custo e investigando como é possível gerar eletricidade. Agora, a questão passa ser outra: “Como criar projetos que usam eletricidade de maneira sustentável?”. Considerando os pressupostos da Cultura Maker a regra inicial era uma só, pensar em projetos que sejam interessantes e divertidos para todos. A partir desta comanda, quatro ideias muito criativas surgiu: 1) casas automáticas para poupar energia; 2) estádio de futebol com sensores para interação com a torcida; 3) sistema solar com movimento para estudar o Sol e aproveitar sua luz; e 4) pebolim feito na cortadora a laser, esse só para diversão mesmo. Ao longo de 6 semanas os projetos das crianças foram se materializando e os resultados apontam que novos aspectos sobre o conceito de sustentabilidade apareceram no caminho, evidenciando potencialidades das metodologias ativas o trabalho pedagógico qualificado com as Cortadoras a Laser; Impressoras 3D e Fresadora CNC.