Esse trabalho, aborda a formação continuada realizada com noventa gestores/as educacionais (diretoras/es, vice-diretoras/es e coordenadoras/es escolares; professoras/es especialista em currículo; supervisoras/es de ensino) da rede estadual paulista, de uma cidade do interior, com a temática da Educação para a Diversidade Sexual e de Gênero (EDSG) articulada com os Direitos Humanos. Através de materiais lúdicos, relatos de vivências de estudantes; jogos, músicas, buscamos levar a necessidade da reflexão da EDSG na escola, em todos os componentes curriculares, a fim de enfrentar todas as formas de discriminação. Trabalhar com tabus no ambiente escolar é desafiador pela maneira naturalizada as quais os tabus se colocam nas sociedades e suas repercussões discriminatórias e segregadoras, que velam essas discussões e, garantem a reprodução de valores sociais excludentes. A escola, como um aparato social, sofre influência e influencia modos de pensar e se colocar no mundo, por isso revela-se um potente espaço para reflexões e debates dessas questões e traz a necessidade de ser um espaço onde a diversidade e a liberdade de expressão estejam presentes. Além disso, tem potencial extramuro, o que coloca essas discussões em pauta, também em outros cenários da vida das e dos jovens estudantes. Além dos aspectos conceituais sobre Gênero e Diversidade Sexual, também abordados na formação, as legislações que fundamentam o trabalho, como a Constituição Federal e Constituição Estadual, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU) e algumas legislações específicas, como Estatuto da Criança e Adolescente, Estatuto da Juventude, Lei Maria da Penha e normativas estaduais. A formação trouxe a necessidade de levar a sala de aula, o exercício da cidadania relacionada com projeto de vida, ações que respeitem e promovam os direitos humanos, valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.