O processo avaliativo vem passando por reflexões e mudanças há algum tempo. De acordo com Luckesi (2005), a avaliação tradicional tem o objetivo de julgar os estudantes e, conseqüentemente, aprová-los. Infelizmente boa parte dos docentes ainda perpetuam práticas arcaicas, seguindo os modelos aprendidos em suas próprias experiências como estudantes, como explica Álvarez-Méndez (2002) quando afirma que a maioria dos professores que trabalha na escola foi socializada em uma determinada forma de pensar e de agir, cujo embasamento não é outro senão a experiência vivida como aluno. Atualmente, buscam-se diversas formas de avaliar o estudante, fugindo destes modelos tradicionais tão enraizados na práxis docente, na qual apresenta apenas a intenção de corrigir, penalizar, sancionar, qualificar (ÁLVAREZ-MÉNDEZ, 2002). Por outro lado, acreditamos que a prática avaliativa deve constituir-se em um ato dinâmico, com natureza processual, ocorrendo de modo co-participado (SORDI, 1999), assim, a autoavaliação seria uma maneira de perceber o nível de aprendizagem dos estudantes, rompendo com o modelo tradicional que vivenciamos. Para tanto, seguiremos a classificação de autonomia do estudante estipulada por Beson (1997), a psicológica, na qual abrange as atitudes e capacidades que preparam os alunos a assumirem responsabilidade sobre sua aprendizagem. Desta maneira, a fim de que a autoavaliação seja verdadeiramente madura e consciente, acreditamos que o estudante também tenha que ser honesto e sensato neste processo. Nesta perspectiva, este trabalho teve por objetivos: investigar sobre a importância da autoavaliação discente; refletir sobre a efetividade da autoavaliação discente; e ponderar sobre o compromisso discente em seu processo de autoavaliação. Para o desenvolvimento deste trabalho, analisou-se 40 fichas de autoavaliação de três turmas de cursos técnicos-integrados de uma Instituição Federal de Ensino no Sertão Alagoano. Esta foi uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório.