A impressão 3D na área educacional apresenta grande potencial como ferramenta de inclusão de deficientes visuais e de todos os interessados no estudo de eventos compartimentalizados. A impressão 3D tem a grande vantagem de conseguir criar objetos físicos de forma rápida e personalizada por meio de modelos digitais, sendo flexível e completamente adaptável, permitindo modificações conforme a necessidade dos estudantes. Por exemplo, no estudo de anatomia vegetal é possível usar modelos de tecidos vegetais que podem ser impressos na escala macroscópica, permitindo o contato direto e tátil do discente com feições microscópicas da anatomia vegetal. Foi modelada uma célula vegetal utilizando os softwares Fusion 360 e Blender, com representações tridimensionais das organelas e estruturas (parede celular, membrana plasmática, citosol, cloroplasto, mitocôndria, núcleo, retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi, vacúolo, peroxissomos) e um sistema embarcado controlado pelo microprocessador Arduino que funciona baseado na lógica realizada na linguagem de programação C++. Assim, ao pressionar um botão, define-se o acionamento do LED que ilumina uma determinada organela e paralelamente um áudio descritivo por meio de alto-falante embutido. O que torna o modelo 3D interativo, provendo uma nova experiência ao estudar biologia celular e auxiliar na inclusão de estudantes com deficiência audiovisual pela possibilidade de usar dispositivos com o sistema embarcado. Espera-se que as peças 3D multimídia, além de ajudar os discentes pela experiência tátil, inerente a natureza de peças 3D, chame a atenção pelos recursos audiovisuais agora embarcados.