É certo que os surdos têm direito ao acesso e educação na Libras como sua primeira língua - L1. Este processo de aquisição e alfabetização ocorre desde a infância mediante interação linguística no âmbito familiar e social. No entanto, acontece desse processo de internalização da língua ser dificultado, já que muitas vezes o sujeito surdo não tem contato nem com a Libras ou com o Português como L2. Essa pesquisa objetivou, portanto, introduzir algumas reflexões sobre a educação infantil de crianças surdas e apresentar um relato das experiências vivenciadas durante o Programa de Residência Pedagógica - PRP/UFERSA, evidenciando as metodologias utilizadas nas aulas. Seguindo uma abordagem qualitativa, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica corroborando com a pesquisa de campo, ocorrida durante a regência pelos residentes do subprojeto Interdisciplinar Libras/Português numa turma do Centro Estadual de Capacitação e Atendimento ao Surdo - CAS Mossoró-RN. Fundamentado nisso, compreendemos que o processo de ensino-aprendizagem da Libras como L1 deve partir da Libras como protagonista, assumindo sua estrutura visual-espacial, e também da perspectiva do surdo, sua cultura e percepções. Consideramos, por conseguinte, a relevância do programa de residência pedagógica, proporcionando momentos práticos de ensino e reflexão como os relatados nesta pesquisa. Dessa maneira, foi possível constatar uma melhor interação e aprendizado da língua, pelas crianças surdas, com a utilização de metodologias ativas, onde as mesmas possibilitam a prática e a interação entre os alunos, como jogos digitais e concretos, dinâmicas, atividades que explorem o visual e a gravação de vídeos.