Este trabalho tem como objetivo analisar os aspectos da educação oferecida a pessoas privadas de liberdade no estado da Paraíba, a fim de entender como a educação contribui para a ressocialização dessas pessoas. Para isso, foi realizado uma pesquisa qualitativa a partir do programa de ressocialização “Hortas para a liberdade” que é executado em unidades penitenciárias da Paraíba. O programa tem como finalidade utilizar hortas comunitárias educativas para promover o processo de emancipação social, partindo de uma perspectiva de reconstrução da cidadania e da dignidade diante do direito fundamental da pessoa a educação. A pesquisa foi realizada através de análises ao funcionamento do programa, especificamente na unidade prisional de Remígio-PB, através de uma entrevista semiestruturada com cinco reeducandos, o coordenador do projeto e o diretor da unidade. Os dados obtidos foram relacionados a uma revisão bibliográfica com base nas ideias de Paulo Freire, com foco nas obras Pedagogia do Oprimido (1994), Educação como prática da liberdade (1967) e Pedagogia da Autonomia (1997). Através dessa iniciativa torna-se percebível a possibilidade de levar educação para o sistema prisional como uma política pública, ressaltando que esse modelo de ressocialização é relevante para cumprir com os direitos fundamentais do ser humano, como também promove a redução da desigualdade social através do conhecimento. Portanto, a educação nesse espaço tem um importante papel de inclusão e favorecimento a readequação cultural e social.