O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a categoria da interseccionalidade em termos históricos, geográficos, metodológicos e epistemológicos e de como essa categoria reformula criticamente as espacialidades das ações políticas e mobilizadoras das mulheres negras organizadas politicamente no Estado do Rio de janeiro e, de como elas são produtoras do espaço, a partir das dimensões espaciais construídas pelas articulações, experiências e vivências pelas Marchas das Mulheres Negras realizadas na Praia de Copacabana na cidade do RJ entre os anos de 2015 a 2019. Nesta perspectiva, as questões teórico-metodológicas foram suscitadas a partir de uma metodologia qualitativa, com levantamento e revisão bibliográfica do tema, investigação militante.Nesta perspectiva, as questões teórico-metodológicas foram suscitadas a partir de uma metodologia qualitativa, com levantamento e revisão bibliográfica do tema, investigação militante, em compreensão a “geograficidade do movimento social” e a espacialidade das ações das mulheres negras organizadas politicamente em escalas de ações, a partir de reflexões acerca do feminismo negro, interseccionalidade, Geo-grafias Negras e da geo-grafia descolonial,Sugere-se que a interseccionalidade mobiliza a dimensão racial do espaço por através de gestos interseccionais analíticos nas lutas sociais, para horizontes de uma geo-grafia advinda do movimento social de mulheres negras do Brasil.