O presente trabalho tem o objetivo de analisar e compreender a atuação dos Consórcios Interfederativos de Saúde na Bahia com vistas à (in) justiça territorial. Os consórcios públicos são arranjos institucionais e territoriais que se constituem em importantes instrumentos de coordenação e cooperação intergovernamental. Como instrumentos de coordenação eles permitem conjugar esforços de diferentes esferas e níveis governamentais adequando esses esforços às diversas escalas de atuação territorial Foi realizado o levantamento bibliográfico, pesquisa em sites de órgãos oficiais, análises documentais em atas de constituição dos consórcios, protocolo de intenções, contrato de programa e contrato de rateio, participação em reuniões dos consórcios de saúde, visitas in loco, aplicação de entrevistas semiestruturados à prefeitos, secretários de saúde dos municípios, diretoras de policlínicas e presidentes dos consórcios. Esta pesquisa faz parte do processo de pesquisa a nível de doutorado e está submetido ao sistema CEP/CONEP (Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) sob o número do Parecer: 5.815.718. A cooperação interfederativa e intermunicipal não é recente no Brasil, a distribuição dos consórcios acontece de forma desigual no território brasileiro e sem uma coordenação indutora da União, a natureza dos consórcios é cooperativa e solidária, porém, relações competitivas estão intrinsecamente relacionadas a sua natureza normativa, evidencia-se neste trabalho a busca de coesão e coerência territorial através de uma política regionalizada no atendimento a média e alta complexidade em saúde na Bahia. Este trabalho está subdividido em três etapas: introdução; metodologia e; resultados e discussão e por fim, as considerações finais.