O presente trabalho parte da premissa de que os objetos tecnológicos devem ser interpretados como parte constituinte do meio, como propôs HUI (2019). Nessa perspectiva, é possível identificar que esses objetos já permitem que o ser humano encerre a natureza e desloque-se para outros pontos do universo, redimensionando a dimensão do Mundo (no sentido geográfico do termo) e evidenciando que a relação da humanidade com o espaço extrapola a superfície da Terra. No entanto, essa nova realidade apresenta desafios para a geografia, uma vez que a exploração espacial apresenta obstáculos para o pensamento geográfico tradicional. Diante disso, o trabalho apresenta dados da astronáutica e discute criticamente algumas contribuições teóricas sobre a temática do espaço extraterrestre, analisando as possibilidades e contradições do arcabouço teórico-metodológico da geografia.