Buscamos com este trabalho analisar a atuação de um agente coletivo, a Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), no estado de Goiás, no contexto da guerra dos lugares em que o município de Anápolis se insere, no período em 1976 e 2009. Utilizamos como principal fonte de pesquisa as atas de reuniões da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA). Pesquisamos nos documentos do recorte temporal duas formas de relacionamento específicos da ACIA expressas nas atas: as demandas apresentadas ao Estado, em que a entidade trabalhou ativamente para inibir a industrialização do Distrito Federal, além de outros municípios; e as tratativas com empresas, onde observa-se alguns dos motivos descritos em torno de decisões locacionais, algumas das quais se efetivaram no território anapolino. Ao analisar processos a partir do prisma da guerra entre os lugares, a atuação dos agentes, públicos e privados, sugere um complexo jogo de forças e intencionalidades, cujo resultado define a configuração de um determinado recorte territorial no momento analisado.