A vegetação do Pantanal é composta por um mosaico, o que faz com que a sua vegetação apresente variações de um local para outro, onde predomina o bioma Cerrado (MERINO, 2011). Considerando as diversas definições de Pantanais com suas regiões e sub-regiões, bem descritos por Oliveira et al., (2017); Mioto, Filho e Albrez (2012); Assine (2003), a pesquisa recai sua análise sobre as sub-regiões de Abobral-Miranda e Aquidauana, a construção do trabalho se justifica devido a carência de estudos no Pantanal com enfoques na Geoecologia das Paisagens. Pretende-se realizar uma primeira aproximação geoecológica das paisagens que compõem as sub-regiões de Abobral-Miranda e Aquidauana, delimitando as tipologias das unidades geoecológicas e classificando suas funções geoecológicas. A pesquisa tem suas bases teóricas e metodológicas nos pressupostos da Geoecologia das Paisagens, analisando as interações entre as dinâmicas naturais e as intervenções humanas, tendo como base os pressupostos de autores como Rodriguez, Silva e Cavalcanti, 2022; Vidal, 2014; Vidal e Mascarenhas, 2020. As relações entre as unidades geoecológicas é o fator de maior significância, uma vez que tais unidades delimitadas fazem parte de um conjunto de processos complexos que dinamizam a paisagem, as unidades geoecológicas se caracterizam por suas variadas trocas entre os processos físicos e biológicos. Portanto, as unidades geoecológicas desempenham funções particulares que garantem a estrutura e funcionamento da paisagem, as bases da morfometria implicam diretamente nas dinâmicas dos fluxos na área em função do contato constante com as inundações tão características das regiões do Pantanal.