O mundo do trabalho é atualmente marcado por uma pseudomodernização das relações do trabalho propiciadas pela uberização, na qual o exercício do poder ocorre por meio da centralidade das ações sob a figura dos algoritmos por parte das grandes empresas do nicho de trabalho por aplicativo, que organizam e reorganizam o espaço. A partir do reordenamento produtivo, as plataformas digitais utilizam-se de estratégias territoriais visando uma redefinição do próprio espaço, cabendo ao Estado o papel de facilitador e regulador das grandes corporações no processo de controle. É nesse contexto que surge o proletariado digital como fruto do processo de flexibilização do trabalho no século XXI, que se mostra intrinsecamente atrelado ao processo de globalização e financeirização, sendo caracterizado por ser mais segmentado e heterogêneo, formado por trabalhadores dos mais diversos tipos, do jovem ao idoso, do indivíduo que busca uma renda complementar ao desempregado. Nesse sentido, o projeto de pesquisa pretende trazer uma maior compreensão sobre qual lógica as empresas utilizam na reestruturação do espaço, sobretudo buscando entender suas estratégias espaciais e sua conexão relacional com o capital financeiro.