A história que a Geografia não conta consiste em uma provocação teórico-epistêmica, acerca da produção bibliográfica na e sobre a cidade de juiz de Fora, pois carregam consigo um apagamento da presença, contribuição e protagonismo de negros e negras na sua conformação espacial. Para isso, estabelecemos um preâmbulo acerca de como determinados processos espaciais condicionaram a presença negra na cidade e visaram, a partir de um projeto de cidade e de nação, apagar a presença negra da cidade e da memória de sua população. Em sequência, intenta-se apresentar a exígua produção bibliográfica na Geografia sobre a questão local, organizando uma breve revisão bibliográfica sobre as ultimas obras que versam sobre a Geografia histórica de Juiz de Fora e as que fazem menção a questão racial. E, conjuntamente, expõe-se os resultados de uma busca por palavras-chave relacionadas ao tema em repositórios online. Por fim enseja-se uma breve reflexão acerca da necessidade de um olhar e uma produção bibliográfica antirracista, indicando outros possíveis caminhos teórico-conceituais e metodológicos.