A resistência das mulheres quilombolas se estendem a mais de um século no território brasileiro, o contexto dessas lutas se conecta pelas regiões do Brasil, principalmente em território amazônico, lutando pela liberdade, e alcance de políticas públicas. Nesta pesquisa enfatizaremos a luta das mulheres quilombolas das comunidades Silêncio e Cuecé, localizadas na Área das Cabeceiras, meio rural do município de Óbidos, no Oeste paraense, região norte do Brasil. O território foi titulado no ano 2000 pela Fundação Cultural Palmares, abrange 11 comunidades: Castanhanduba, Apuí, Centrinho, Ponte Grande, Serrinha, Vila Nova, Cuecé, Silêncio, Matá, São José, e Patauá do São José. O objetivo da presente pesquisa é compreender a importância das ações políticas desenvolvidas por essas mulheres em seus territórios e apresentar a invisibilidade constituída nesse espaço. Esta pesquisa é parte de resultados da dissertação de mestrado defendida recentemente, que se intitula “O protagonismo da mulher quilombola no processo de titulação do território da Área das Cabeceiras, em Óbidos/Pa”. O desenvolvimento inicial da pesquisa foi com a revisão bibliográfica para embasamento teórico, através da leitura de teses, dissertações, artigos, e através trabalho de campo. As entrevistas foram realizadas com 08 mulheres, 02 mulheres da comunidade Cuecé, 05 mulheres da comunidade Silêncio e 01 mulher branca da cidade de Óbidos, mulher esta que teve grande importância no processo de titulação do território. Como considerações parciais compreende-se que o lado feminino da Área das Cabeceiras é carregado de identidade e lutas e que as mulheres quilombolas estão lutando e atuando em suas comunidades.