A pesquisa incumbiu analisar os impactos socioambientais da mineração de pequeno porte (extração de piçarra e barro) na bacia hidrográfica do rio Tibiri em São Luís-MA, que apresenta alto grau de fragilidade, necessitando de planejamento para o uso sustentável. Os procedimentos metodológicos foram pesquisa bibliográfica, atividades de campo, análise dos pontos de mineração através das fotografias obtidas em campo e pelas imagens do Google Earth Pro desde 1985, além de elaboração de mapeamento. Com base nos resultados, a área apresenta um arcabouço geológico recente, o que lhe confere alta debilidade aliada à tipologia de solos predominantemente arenosos, pluviosidade concentrada, formas de relevo dissecadas e uso irregular, com vastos pontos com solo exposto. Em relação à extração, as áreas onde ocorrem subsidiam o aparecimento de processos erosivos, perda de solo e de minerais que impedem a restauração natural da vegetação. A quantidade total ocupada pelas atividades, é de 132,9 hectares e apesar de existir exploração mineral desde meados de 1985, a maior parte foi degradada recentemente, a partir da década de 2010, o que reflete a pressão sobre os recursos naturais na área de estudo. Conclui-se que a área carece da aplicação de políticas públicas à conservação e sustentabilidade, pois a tendência é o aumento progressivo de localidades com solo exposto, como consequência da expansão da mineração de pequeno porte. Os recursos naturais da área devem ser administrados com responsabilidade socioambiental para que os impactos sejam atenuados.