Peregrinar é um ato que a pessoa devota tem como símbolo, parte ritual de um processo de contato com seu ser sagrado, “caminhar por terras distantes”, provocando assim vínculo, uma espécie de purificação para alcançar ou se aproximar ao seu ser venerado, terra santa, lugar sagrado, pessoa santa, árvore sagrada, montanha entre outros, então a peregrinação é uma espécie de rito inicial para agradecer e ter maior contato, E, portanto, “[...] peregrinação é um tanto obrigação e a peregrinação é um tanto ato voluntário que envolve um voto o, como dizem em Ibero América, uma promessa. Mesmo que a obrigação se ressalte em muitas religiões”, (tradução dos autores), (TURNER, 2009, p. 25). São distintas as cargas simbólicas (CASSIRER, 1998) que se expressam em toda a ritualística popular, até a chegada ao lugar sagrado, os processos de contato dão dinâmicas distintas e variadas, em contextos históricos (BURKE, 2013) e (CANCLINI, 2008), sincretizadas para sobrepor ou resistir, e as dinâmicas mais contemporâneas, híbridas por seus movimentos, interações e aproximações espontânea.