O Estado tem buscado diversificar sua matriz energética, com a expansão de novas fontes geradoras de energia renováveis, com a energia fotovoltaica e eólica nas últimas décadas. O principal objetivo desta pesquisa, em fase de desenvolvimento, é discutir sobre o papel do Estado e das políticas públicas para fomentar a energia eólica no país, especificamente o Parque Eólico de Gargaú, situado no município de São Francisco de Itabapoana, norte do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia abarcou levantamento bibliográfico, normativo e de dados secundários junto a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEÓLICA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). e uma análise sobre energia eólica à luz de uma visão crítica da narrativa de energia limpa e sustentável. Em 2021, a energia eólica foi a fonte que mais cresceu, representando 50,91% da nova capacidade instalada no ano (Abeeólica, 2021). O crescimento está somados os interesses do Estado brasileiro e dos diferentes agentes na ampliação dos projetos eólicos. A energia eólica no país foi impulsionada pelo Proinfa, em 2002, e consolidou-se em 2004, quando o governo começou a contratar energia renovável por meio de leilões e de financiamentos junto ao BNDES para os investidores no setor. São ao todo 890 parques eólicos em operação, instalados em 12 estados. Nosso recorte espacial é o Parque eólico de Gargaú, instalado em São Francisco de Itabapoana, com 17 aerogeradores, com 80 metros de altura e 28 MW de capacidade instalada.