O presente texto será focado, como primeira aproximação, em incorporar conceitualmente o espaço – em articulação ao tempo – numa discussão sobre o planejamento. Para isto, primeiro, será dedicado a uma apropriação do conceito “ritmo” de Lefebvre como uma referência para poder contribuir para uma certa “concretização” de abordagens formais e abstratas que caracterizam uma boa parte das vertentes sobre planejamento. Essa discussão parte do reconhecimento de Lefebvre que, apesar da vida cotidiana ser submetida, hoje em dia, por tempos abstratos dos relógios, ela permanece atravessada por grandes ritmos cósmicos e vitais: “dia e noite, os meses e as estações, e ainda mais precisamente os ritmos biológicos” (LEFEBVRE 2004, p. 73). É esse conceito do “ritmo” que vai permitir investigar a relação entre tempo e espaço.