O trabalho a seguir apresenta as relações e os distanciamentos entre os geossímbolos urbanos, bem como grafite e xarpi (pichação), com a produção da cidade e da paisagem urbana. Temos como lócus da pesquisa a Zona Portuária do Rio de Janeiro, para entendermos as diferentes apropriações que estão sendo realizada nesse espaço. Optamos por dividir a pesquisa em duas partes, sendo na primeira relacionada à produção do espaço desigual, abordando os constructos de Henri Lefebvre. Para isso, abordamos a tríade que o autor desenvolveu para compreensão do espaço, sendo dividida em espaço percebido, espaço concebido e espaço vivenciado. Na segunda parte, abordamos sobre os geossímbolos e as suas representações na cidade, hora de modo hegemônica, hora de modo não-hegemônica. Diante disso, abordamos sobre os espaços centrais ou de visibilidade, e a influência que eles possuem na produção de determinadas paisagens urbanas. Por meio de levantamento bibliográfico, trabalho de campo e análise de fotografias, temos como apontamentos a relação intrínseca entre espaço, paisagem e representação simbólica.