A Lei nº10.639/03 torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos estabelecimentos de educação básica do Brasil. No entanto, pesquisas indicam que esta é pouco aplicada na prática. Este trabalho analisa a percepção de estudantes de Ensino Médio Técnico de uma escola do Rio de Janeiro sobre a aplicação da Lei. Para isso, foram entrevistadas cinco estudantes autodeclaradas pretas. Todas estudantes de uma escola pública do Rio de Janeiro e participantes do Projeto de Extensão “Mulheres Negras Fazendo Ciência”. Assim, foram analisadas as percepções delas sobre a forma como as relações étnico-raciais na educação interferem em suas experiências escolares e pessoais; e, também, como a educação/o saber de suas histórias serve como um meio de construção de autoestima, de resistência e de (re)existência.