A crise civilizatória atual envolve as relações entre humanos e não-humanos. Estas relações são influenciadas pela racionalidade moderna antropocêntrica e fazem parte da educação em ciências. Este trabalho entende o Giro Biocêntrico, os movimentos de reconhecimento dos direitos da natureza, e os movimentos de construção de alternativas ao modelo capitalista como contexto produtor de demandas educativas. O objetivo é identificar os sentidos do conceito do biocentrismo no campo da educação em ciências e especificamente traçar contribuições da ética biocêntrica para um pluralismo epistemológico não antropocêntrico. Através de um levantamento bibliográfico identificamos a influência da articulação com o campo da educação ambiental, a abordagem de questões sociocientíficas, a inclusão das dimensões estéticas e propostas didáticas que vão além dos animais como caminhos para a emergência de posturas éticas biocêntricas e ecocêntricas.