O presente texto percorre uma pergunta: por que é relevante permitir e estimular o debate sobre gênero e sexualidade através das perspectivas da diversidade e da diferença em aulas de biologia? Para explorar a pergunta que fazemos, apresentamos nossas reflexões a partir de entrevistas narrativas realizadas no âmbito de uma pesquisa de Mestrado em Educação em andamento com jovens estudantes mulheres que cursavam o terceiro ano do Ensino Médio em uma escola pública federal localizada no município de Juiz de Fora, MG. Retomamos à pergunta orientadora discutindo o papel docente na tomada das decisões curriculares, mas também problematizando o discurso que diz respeito ao corpo biologizante em torno dos temas do gênero e da sexualidade nas aulas de biologia. Por fim, concluímos nos debruçando sobre uma outra forma de pensar a abordagem destes temas para um ensino de biologia que se queira voltado para o reconhecimento da diferença.