Neste artigo, investigamos o uso das imagens sobre liquens em livros didáticos do ensino fundamental. Em particular, estamos interessados em compreender se as ilustrações são consideradas de modo a ter papel na aprendizagem dos estudantes. Partimos do pressuposto, amplamente reconhecido na comunidade científica, de que as imagens possuem uma sintaxe, isto é, possuem elementos que configuram conteúdo semântico. Cada imagem, portanto, carrega mensagens que podem conflitar ou ser coerente com discurso didático textual, criando dificuldades ou favorecendo a aprendizagem de ciências. A ênfase dos livros é na utilidade médica dos fungos e, assim, pouco é dito sobre diversidade de liquens em florestas (crostosos, foliosos etc.) e efeitos da fragmentação de florestas na sucessão liquênica. Ainda sob o ângulo da utilidade, há alguma descrição sobre uso de liquens como bioindicadores de ar limpo; porém, com imprecisões. As imagens de fato retratam liquens e com função complementar ao texto sobre mutualismo.