As perspectivas interculturais têm se fortalecido no âmbito educacional como forma de evidenciar em sala de aula a diversidade de culturas, identidades, saberes e práticas humanas presentes nas sociedades cada vez mais globalizadas. Para o Ensino de Ciências e Biologia, em especial, tem emergido como modo de problematizar a latente monoculturação que as ciências modernas são tratadas e fomentam na constituição de saberes, sujeitos e práticas nos espaços educativos. Questionamos, neste ensaio teórico, em que/como a interculturalidade pode inspirar o Ensino de Biologia e Ciências a reformar-se? Para isso, tecemos como objetivo apresentar as perspectivas e compromissos os quais a interculturalidade se debruça, a fim de vislumbrar endereçamentos possíveis para um Ensino de Ciências e Biologia mais próximo dos diálogos interculturais.