Experimentos Mentais (EM) são um recurso recorrente e imprescindível na evolução da teoria da relatividade. Autores da área concordam que os EM têm uma estrutura narrativa, que nos permite analisá-los como um recurso literário. Os textos analisados foram os artigos de 1907 e 1911 de Einstein, assim como os livros de divulgação científica a Teoria da Relatividade Especial e Geral e A evolução da física. Observamos a semelhança das estruturas e elementos narrativos que os compõe, e explicitamos as diferenças entre forma em textos voltados para diferentes públicos, mas com o mesmo conteúdo. Como conclusões ressaltamos: os livros mantêm a natureza matemática de alguns elementos da narrativa dos artigos, mas modifica outros. O primeiro livro, de 1916, possui características narrativas mais próximas do círculo esotérico da física que o segundo, de 1938, portanto seu principal objetivo era possibilitar a circulação da Teoria da Relatividade Geral entre os físicos.